segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O INDIVIDUALISMO EM PROL DE TODOS

O INDIVIDUALISMO EM PROL DE TODOS

Camila Prtz ¹


Vivemos na era da tecnologia e informação, em que o avanço tecnológico está cada vez mais rápido e complexo de acordo com as “necessidades” de cada dia. O transporte e a comunicação com qualidade, comodidade e velocidade, já não é mais complicado. Apesar de inegáveis avanços, o meio ambiente é diretamente afetado devido a essa evolução. Pesquisadores do clima mundial afirmam que a queima de combustíveis fósseis e a emissão de ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de carbono formam uma camada de poluentes, estes gases absorvem grande parte da radiação infravermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor − a essa ação denominamos efeito-estufa, que efetua uma brusca mudança climática, com secas, aumento no nível do mar, erosões, entre outros.

“O meio ambiente proporciona aos seres vivos, condições fundamentais para sobreviver.”

É preciso ar puro, solos férteis, clima apropriado e água potável. Não há avanço sem uma estabilidade ambiental. O comportamento compulsivo do ser humano na busca de produzir, criar e inovar implica na necessidade de explorar água, eletricidade, solos e matérias-primas. No entanto, muitas pessoas não conseguem compreender isso, agem de maneira ignorante e egoísta, praticando suas atividades socioeconômicas. Essas atividades desencadeiam um terrível desequilíbrio ambiental.

Até então, estamos falando de todo território mundial, mas se dirigirmos o nosso olhar exclusivamente para o Brasil, percebemos a presença de uma enorme biodiversidade − matas, florestas e abundante hidrografia. O Brasil é o único lugar do planeta que possui áreas nativas contínuas, que são o Pantanal e a Amazônia. Apesar de ter toda essa riqueza, o desmatamento para exploração de matéria-prima, visa o benefício imediato que isso pode trazer, ao invés de pensar sobre as conseqüências futuras que isso pode desencadear. Ao desmatar, é discriminada toda importância que essas matas possuem sobre a existência do seres vivos. Elas são capazes de regular o clima, abrigar biodiversidade, armazenar gás carbônico e diminuir o efeito estufa, protegem os solos, evitando assim o assoreamento dos rios e inundações, além de constituir habitat para os seres que possuem vida.

Segundo o IPCC ( Painel intergovernamental de mudanças climáticas), até 2080 de 10% a 25% da Floresta Amazônica poderá desaparecer, devido o aumento da temperatura. Cinqüenta por cento das florestas do planeta já foram consumidas, cerca de 38 mil hectares de florestas nativas são destruídas por dia. Felizmente, existem órgãos que cuidam da conscientização e educação ambiental, há também órgãos que amparam, previnem e punem as atividades relacionadas ao desequilíbrio ambiental. Essas instituições podem ser tanto não governamentais quanto do governo. Em nossa sociedade brasileira, a legislação de 1988 demonstrou esta preocupação com o meio ambiente no art. 225 da Constituição Federal, impondo ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Portanto, é nítida a enorme dependência de uma base ecológica para os seres vivos, não podemos agir como se fôssemos à última geração aqui na terra. O individualismo humano em busca de interesses medíocres levou a uma crise ambiental que ameaça a todos, deixando de ser uma confusão interior de cada pessoa. Ou seja, para corrigir esse desequilíbrio a ação tem que partir de cada um, individualmente. Dessa maneira os seres humanos poderão repensar e recriar novos valores. Como diria o grande pensador Dalai Lama: “ Se não podemos modificar o nosso comportamento, como esperar que os outros o façam? ”

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